Pivete

Chico Buarque

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No sinal fechado ele vende chiclete Capricha na flanela e se chama Pelé Pinta na janela batalha algum trocado Aponta um canivete e até Dobra a carioca olerê desce a Frei Caneca olará Se manda prá Tijuca sobe o Borel Meio se Maloca agita numa boca Descola uma mutuca e um papel Sonha aquela mina olerê prancha parafina olará Dorme gente fina acorda pinel Zanza na sarjeta fatura uma besteira E tem as pernas tortas e se chama Mané Arromba uma porta faz ligação direta Engata uma primeira e até Dobra a Carioca olerê desce a Frei Caneca olará Se manda prá Tijuca na contramão Dança pára-lama já era pára-choque Agora ele se chama Emersão Sobe no Passeio olerê Pega no Recreio olará Não se liga em freio nem direção No sinal fechado ele transa chiclete E se chama pivete e pinta na janela Capricha na flanela descola uma bereta Batalha na sarjeta e tem as pernas tortas

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La chanson évoque le quotidien d'un jeune garçon qui, malgré les difficultés de la vie dans les rues, cherche à tirer le meilleur parti de sa situation. Il vend des bonbons au feu rouge et se débrouille pour gagner un peu d'argent, tout en naviguant à travers les défis de son environnement. Le personnage principal est espiègle et plein de ressources, mais il se heurte également à la réalité dure de la vie dans un milieu populaire. Cette œuvre reflète la vie dans les quartiers pauvres du Brésil, où les jeunes enfants, souvent laissés à eux-mêmes, doivent improviser pour survivre. Elle met en lumière les luttes et les ambitions de ceux qui grandissent dans ces conditions, tout en dépeignant une réalité à la fois dure et vibrante.

Le Chansonnier